Enchendo o balde





Muitas vezes, e por diversas razões, o mundo dentro de nós desmorona. Os problemas não resolvidos se tornam maiores. Então nos desiludimos por não podermos resolver tudo na mesma hora, e tudo ser como antes, ou até melhor. Mas é neste ponto que nos equivocamos. Na ânsia de se livrar logo de um peso emocional, nós não vemos a realidade: As nossas vontades são pingos de água a encher um balde de satisfação ou frustração, regando-o plenamente através de nossas lágrimas de sacrifício. Não importa o que fazemos. Tudo requer um esforço. E que vai depender de uma escolha nossa: viver no nosso exterior, pelo que queremos, ou viver dentro de nós, pelo que somos. Aquele nos limita. Já este nos possibilita. Nós podemos não ter toda a força pra mudar uma situação num só momento, mas temos partes desta força para influenciar detalhes; partes que de tão pequenas não tem significado, mas juntos formam uma montanha poderosa.
Na verdade sempre estamos a carregar dois baldes, um em cada mão; são dois modos alternativos de se viver. No final das nossas escolhas, um balde vai pesar mais de água, estará mais cheio que o outro. Então neste momento sua vida penderá para um lado. E pesará em tudo que você fizer. Sendo assim, temos condições de, pelo nosso esforço, modificar algo. O qual pode se tornar melhor, pingando nossas gotas de motivação e idealismo no balde dos nossos sonhos. Ou ser pior, quando regamos com nossos vícios o balde das nossas ilusões, perdendo nosso tempo ao deixar de preencher quem somos. Podemos enchê-lo. Pode demorar, mas pela insistência um dia vai encher tudo, se tão somente a toda hora mudarmos alguma coisa, e escolher o balde certo. Então, no final, o resultado dos nossos esforços vai refletir o quanto cada tipo de balde pesa de água na balança da nossa vida. E em qual dos dois estamos nos esforçando mais para carregar.

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