Porquê assim?
Meu coração foi aprisionado. Cadeias fortes apertam minhas aspirações. Não a deixam livres. O que eu sinto é um aperto no coração. Acaba que os sentimentos enfraquecem. Limitam o âmago da felicidade. Ao que percebo meus defeitos sugarem minhas qualidades. E transformarem em cópias de si mesmos. Virou uma praga. Passou dos limites. Tornou-se uma vontade enganosa. O prazer, de tanto, pesou em minha alma. Peso de culpa, tristeza, remorso. Já não ando como antigamente. Não há mais chance para o que se passou. Tudo ficará inerte. Todo os erros. A vida passou a mostrar-se distorcida. Não há detalhes. Não há formas para se admirar. Como se o tempo parasse, e mostrasse onde a vida não se encaixa. No meio do borrão, algo que se notasse.
Estou pagando um preço muito alto por algo que não vale nada. A confiança nasceu do sentimento, e virou vento. Eu me sufoco com minha própria ignorância. Saber e não fazer. Não se importar. Não suporto ser eu a causa, o estopim. Pois a ignorância é muito grande. Muita coisa acumulada. Todo o bem que sabia e não fiz. E que não passa pela garganta da minha alma. Não absorve seus anseios. Obstrui o caminho da razão. Num crescendo da emoção. Sem noção do coração.
Há muitos e diferentes sentimentos. Não sei o que estou procurando...Acabo por não saber o que quero. O Prazer se perdeu com o Desgosto. Acabou por quebrar-se o equilíbrio da vontade. As convicções foram embaralhadas. Os pensamentos, mudados pelos sentimentos. Induzidos a fazer a vontade destes.
O mundo parou ao meu redor. Só dentro de mim há movimento. Meu exterior não mais compreendo. Pois tudo que olho não faz sentido. Não tem beleza.
Meu coração, de tanto se expor, secou. De tanto aguentar, rachou. Tornou-se frágil como porcelana. Algumas partes já quebraram. Outras, estão no mesmo caminho que eu, onde tudo está desmoronando, caindo. Eu tento me agarrar a algo, mas é muito difícil. Nada está seguro. Não acho o suporte da minha vida. Quanto mais ando buscando algo firme para andar, mais vejo buracos, feridas no coração, que não me deixam viver, mas sobreviver.
Meu coração, de tanto se expor, secou. De tanto aguentar, rachou. Tornou-se frágil como porcelana. Algumas partes já quebraram. Outras, estão no mesmo caminho que eu, onde tudo está desmoronando, caindo. Eu tento me agarrar a algo, mas é muito difícil. Nada está seguro. Não acho o suporte da minha vida. Quanto mais ando buscando algo firme para andar, mais vejo buracos, feridas no coração, que não me deixam viver, mas sobreviver.
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